sábado, 21 de setembro de 2013

GREVE NA EDUCAÇÃO:REDES MUNICIPAL, ESTADUAL E FAETEC





Desde de junho o Brasil vem sendo sacudido por vários protestos. As primeiras manifestações se deram por conta de mais um aumento nas passagens de ônibus.Mas, logo ficou claro a insatisfação generalizada com toda sorte de imposições que os governos neoliberais dos diversos estados da federação, e o governo pseudo dos trabalhadores vem imputando aos 180 milhões de brasileiros.
As manifestações gigantescas foram absorvidas pela mídia, e tão logo os governos do RJ-SP  retiram o aumento das passagens, as manifestações se acalmaram.
Acalmaram nada! Saiu das ruas a massa acéfala que diz amém a tudo que a mídia burguesa diz. Mas permaneceu na rua, a militância organizada que nunca se cansa de lutar. E é neste contexto que em 08 de agosto a rede estadual e municipal de educação declaram greve por tempo indeterminado, e no dia 10 a rede faetc  engrossou o cordão dos educadores indignados.
Por que estamos em greve há 40 dias? Porque temos no RJ um governo tanto na esfera municipal como estadual, fascista, neoliberal ao extremo, que não respeita a população que deveria dirigir, que não respeita seus funcionários, que fecha escolas de forma arbitrária (até o presente momento 130 escolas em todo estado foram fechadas). Por que temos tanto na figura da senhora Claudia Costim(secretária municipal de educação), quanto na figura do senhor WIlson Rizolia(secretário estadual de educação), dois ferrenhos inimigos da educação, da população, verdadeiros criminosos, pois ao negarem o acesso a uma educação pública de qualidade aos que não podem pagar escolas privadas, fazem destas crianças e adolescentes, alvo fácil para o subemprego e marginalidade.
Não estamos em greve apenas por reposição das eternas perdas salariais, mas por que não aceitamos a meritocracia como forma de bônus salarial, não aceitamos que a Fundação Roberto Marinho, Seninha e outras sejam a portadora da pedagogia.  Afinal, somos professores e temos formação pedagógica para realizar nossas aulas de forma autônoma.
Não queremos e não aceitaremos que governos criminosos continuem assassinando pessoas negras moradoras das  comunidades, como o caso do Amarildo na Rocinha, a Chacina da Maré e os      ataques constantes da comunidades de Manguinhos, que nada tem de pacificadas. Não queremos uma polícia covarde, que em nome de acatar ordens, mata, espanca, usa gás lacrimogêneo e spray de pimenta em passeatas como foi no Grito dos Excluídos e em todas as manifestações de junho, julho e agosto. Inclusive batendo em professor em greve, como do dia 04 de setembro dentro do prédio da antiga SEEDUC, e no dia 11.09 quando ocupamos e montamos acampamento na porta da Alerj.
Queremos negociar pautas como: o fim do fechamento das escolas, o fim da otimização de turmas(junção de uma turma em outra acarretando perda de carga horária ao professor e superlotação da turma existente),queremos que um professor com uma matrícula trabalhe em uma única escola, queremos dignidade e respeito aos funcionários das escolas. Queremos uma educação digna e de qualidade.
A greve continua....e continuará até que sejamos ouvidos, respeitados e tratados como cidadão pagante de inúmeros impostos, que acabam sempre alimentando a sanha incontrolável de um governo corrupto, cercado de “empreendedores” , que só pensam em suas contas na Suíça.

A GREVE CONTINUA, CABRAL A CULPA É SUA!

Por: Denise Oliveira, 21.09.2013

sexta-feira, 6 de setembro de 2013