sábado, 20 de fevereiro de 2010

Brasil entre a Cruz e a Espada

Um aluno muito querido me pediu para postar o que penso sobre o Brasil intervindo na questão do Irã e seu programa nuclear. Pois bem, desta vez não fiz nenhuma pesquisa para escrever, escreverei o que penso sem o maior pudor, afinal, quase ninguém irá ler mesmo......
Penso que o Irã, assim como qualquer país do mundo tem o direito de ser e acontecer como bem quiser, aliás vale lembrar que o Irã está localizado no Oriente Médio(Ásia Central), faz fronteira com o "querido e amado" Estado de Israel. Confrontou-se com o Iraque entre 1979-1989, numa guerra aonde o tão "amado e querido" E.U.A, estavam por trás do tão temido e hoje executado Saddam Hussem.
Aliás, não falta a mão inteira dos norte-americanos nessa babaquice!
A despeito do mundo, eu me amarro no presidente do Irã, o magrelo sabe se impor e eu gosto disso!( Não me atrevi escrever o nome dele por que não sei como escrever).
Se o Brasil foi colocado nessa situação,foi porque recebeu o homem na boa, e está com grandes chances de fazer bons negócios com o país, e é claro que o tão sonhado presidente negro da maior nação racista do mundo,e agora centro das esperanças mundias(sei escrever o nome dele, mas não quero), deve estar muito assim, assim com essa proximidade.
Se o Brasil der uma de otário, coisa que espero que o nosso Odorico Paraguaçú não será burro de fazer, sairemos ilesos dessa, pois se tem uma coisa que o PT ainda não perdeu foi a máxima marxista de auto determinação dos povos. Coisa que os Estados Unidos nunca suportou.
Beijos querido, espero ter te satisfeito.
Por Denise Oliveira

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

As Lutas e Conquistas das Mulheres na Sociedade



No dia 08 de Março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher, mas pouca gente sabe a origem da data.
Em 08 de março de 1857, as operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque, iniciaram uma grande greve, reivindicando melhores condições de trabalho, tratamento digno dentro das fábricas, carga horária de 10 h diárias (na época a carga horária variava entre 16h e 18h diárias) e equiparação salarial com os homens. As mulheres chegavam a receber até menos da metade do salário masculino para executavam as mesmas tarefas.
Essa greve foi tratada como caso de polícia, como todas as manifestações populares e trabalhistas mundo a fora durante a Segunda Revolução Industrial(1850-1900). Neste caso a repressão foi muito maior, já que se tratava de mulheres reivindicando melhorias na área trabalhista. As grevistas haviam ocupado parte da fábrica, e este local foi trancado e incendiado premeditadamente. Cerca de 130 operárias morreram carbonizadas. Nenhuma medida judicial foi aplicada ao dono da fábrica e muito menos aos policiais que atearam fogo no local.
Somente em 1910, numa Conferência na Dinamarca a data passou a ser lembrada como dia de luta da mulher, mas somente em 1975 a ONU(Organização das Nações Unidas) internacionalizou o dia 08 de março, que por fim passou a ser o Dia Internacional da Mulher.
Porém, a luta pela igualdade sexual no ambiente de trabalho não findou-se neste episódio. O século XX, veio marcado por lutas e as mulheres passaram a exigir muito mais do que apenas carga horária ou equiparação salarial.
A década de 1960, marcada por profundas mudanças trouxe a tona todas as necessidades das mulheres, em serem reconhecidas como força de trabalho, como força intelectual e como donas de suas vontades, do seu corpo e dos seus desejos. O surgimento da pílula anticoncepcional, dará as mulheres o direito de escolher quando e se querem engravidar, o lema faça amor não faça a guerra, irá pregar o amor livre e a escolha dos parceiros, e o divórcio irá libertar a mulher daquele casamento fracassado, que deveria durar “até que morte nos separe”.
Enfim, as mulheres começaram a existir como seres humanos atuantes, com vontade própria e muita dignidade. A sexualidade libertou-se, a virgindade passou a ser opção e não mais imposição. Nas décadas de 70 e 80, as mulheres conquistaram mais espaço no mercado de trabalho, e hoje lideram muitas vezes equipes em grandes empresas. Mais com todas essas conquistas ainda vivemos num ambiente hostil. Ainda há muita violência contra a mulher, muita das vezes esta violência está dentro de casa, nas figuras do pai, marido padrasto e irmão.
Mas acreditamos que avançaremos cada vez mais , pois a justiça que antes matou queimadas as operárias, agora nos dá voz contra a violência, com a Lei Maria da Penha.
Por Denise Olivieira- Fev. 2010

Carnaval no Brasil


O Carnaval chegou ao Brasil trazido pelos portugueses, por volta de 1650. Nessa época, a festa era mau vista já que compunha de pessoas pobres, era o Entrudo. Esta brincadeira consistia em se atirar comida uns nos outros, e mais tarde passou-se a jogar limões com diversos líquidos dentro, inclusive urina, o que acarretava quase sempre em confusão e polícia. Mais tarde, esse hábito dará origem ao lança perfume. A partir de 1830, o governo imperial tenta civilizar a festa popular, adotando bailes e passeios mascarados como em Paris e Veneza, a polícia se ocupava em frear as manifestações populares de rua.
Na segunda metade do século XIX, D. Pedro II incentiva a criação de grupos carnavalescos, que desfilavam nas ruas do Rio: eram os cordões, ranchos e blocos, mas mesmo assim ainda havia uma forte oposição da "boa sociedade" a estas manifestações. Em 1890, já na República, Chiquinha Gonzaga compôs a primeira marcha especificamente carnavalesca "Ô Abre Alas!" para o bloco Rosas de Ouro. Os mais ricos frequentavam os bailes à fantasia, com máscaras nos moldes parisiense.
No início do século XX, surgem os primeiros automóveis, e uma nova forma de brincar o Carnaval: os corsos, que eram desfiles feitos em automóveis devidamente enfeitados para a época, esses desfiles aconteciam na Av.Rio Branco, na época conhecida como Rua Larga.
Nos anos 1920, os blocos e cordões dão um novo impulso ao Carnaval, levando a festa mais pro lado brasileiro. A presença de negros, mulatos e brancos pobres que a partir das reuniões na casa de Tia Ciata, uma sambista que teve muitos problemas com a polícia, pois está encarava o samba como desordem e coisa de vagabundo. Mas é a partir da casa de Tia Ciata, que o samba ganha as rádios e se populariza ainda mais.
Em 1927, nasce no Estácio o bloco "Deixa Falar" que gerou o formato de samba enredo. Esse bloco também deu origem a hoje conhecida Escola de Samba Estácio de Sá.
Em 1932, acontece a primeira disputa de Escolas de Samba na Praça Onze, promovida pelo Jornal O Mundo Sportivo. É claro que uma festa popular que deu certo, não passaria impune pelo controle do Estado. Em 1937, durante a vigência do Estado Novo de Getúlio Vargas, o Carnaval na Pça Onze passa a ser administrado pelo governo. No ano de 1942, a Praça Onze é destruída para dar origem a Av. Presidente Vargas. Os desfiles passam a ocorrerem na nova avenida até 1982, quando o governador do Rio, Leonel Brizola, cria a Praça da Apoteose.
Nos anos 1950, a classe média descobre o Carnaval e passa a frequentar as quadras durante os ensaios para o Carnaval. Nos anos 1960 e 1970, os desfiles viram coqueluche entre as classes média e alta .
Hoje, o Carnaval do povão vem sendo apagado das ruas do Rio de Janeiro, pelo luxo e ostentação cada vez maior das escolas de samba, assim como os próprios moradores das comunidades que já não são os principais parceiros das escolas. As parcerias agora, se dão entre grandes grupos empresariais e o governo do estado e municipal que controlam esta festa que inicialmente pertencia as ruas e aos pobres.

por Denise Oliveira/Janeiro 2010