quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

As Lutas e Conquistas das Mulheres na Sociedade



No dia 08 de Março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher, mas pouca gente sabe a origem da data.
Em 08 de março de 1857, as operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque, iniciaram uma grande greve, reivindicando melhores condições de trabalho, tratamento digno dentro das fábricas, carga horária de 10 h diárias (na época a carga horária variava entre 16h e 18h diárias) e equiparação salarial com os homens. As mulheres chegavam a receber até menos da metade do salário masculino para executavam as mesmas tarefas.
Essa greve foi tratada como caso de polícia, como todas as manifestações populares e trabalhistas mundo a fora durante a Segunda Revolução Industrial(1850-1900). Neste caso a repressão foi muito maior, já que se tratava de mulheres reivindicando melhorias na área trabalhista. As grevistas haviam ocupado parte da fábrica, e este local foi trancado e incendiado premeditadamente. Cerca de 130 operárias morreram carbonizadas. Nenhuma medida judicial foi aplicada ao dono da fábrica e muito menos aos policiais que atearam fogo no local.
Somente em 1910, numa Conferência na Dinamarca a data passou a ser lembrada como dia de luta da mulher, mas somente em 1975 a ONU(Organização das Nações Unidas) internacionalizou o dia 08 de março, que por fim passou a ser o Dia Internacional da Mulher.
Porém, a luta pela igualdade sexual no ambiente de trabalho não findou-se neste episódio. O século XX, veio marcado por lutas e as mulheres passaram a exigir muito mais do que apenas carga horária ou equiparação salarial.
A década de 1960, marcada por profundas mudanças trouxe a tona todas as necessidades das mulheres, em serem reconhecidas como força de trabalho, como força intelectual e como donas de suas vontades, do seu corpo e dos seus desejos. O surgimento da pílula anticoncepcional, dará as mulheres o direito de escolher quando e se querem engravidar, o lema faça amor não faça a guerra, irá pregar o amor livre e a escolha dos parceiros, e o divórcio irá libertar a mulher daquele casamento fracassado, que deveria durar “até que morte nos separe”.
Enfim, as mulheres começaram a existir como seres humanos atuantes, com vontade própria e muita dignidade. A sexualidade libertou-se, a virgindade passou a ser opção e não mais imposição. Nas décadas de 70 e 80, as mulheres conquistaram mais espaço no mercado de trabalho, e hoje lideram muitas vezes equipes em grandes empresas. Mais com todas essas conquistas ainda vivemos num ambiente hostil. Ainda há muita violência contra a mulher, muita das vezes esta violência está dentro de casa, nas figuras do pai, marido padrasto e irmão.
Mas acreditamos que avançaremos cada vez mais , pois a justiça que antes matou queimadas as operárias, agora nos dá voz contra a violência, com a Lei Maria da Penha.
Por Denise Olivieira- Fev. 2010

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